A liderança do futuro

Por Fabio Luis Garbossa

A forma como a liderança é exercida, seja na construção de uma empresa mais saudável, uma comunidade solidária ou mesmo uma família mais feliz, precisa ser repensada. Na construção civil, a busca por altos níveis de produtividade e pela competitividade obriga as corporações a pensarem nas tendências de liderança no mundo moderno.
As competências que aplicamos aos líderes nas últimas décadas, talvez já não sejam tão úteis nessa nova sociedade, na qual serviços, clientes e relacionamento móvel compõem o mundo volátil em que vivemos.
As verdades que conhecemos a respeito da motivação no trabalho, lealdade e comprometimento parecem desmoronar. E, hoje, a escassez de líderes é visível.
Na política, a maioria dos países ressente-se da falta de competência de seus líderes. No mundo empresarial, há a dificuldade em formar líderes em quantidade e qualidade suficientes para a expansão, o que também implica no posicionamento com seus clientes, parceiros e fornecedores. Na vida em família, a falta de liderança agrava a distância entre pais e filhos enquanto a comunidade implora por lideranças mais eficazes.
Fundamentada na disposição de seguir em frente, a boa liderança abre caminhos, dá bons exemplos e orienta a equipe superando obstáculos em parceria. Hoje, não há mais espaço para os líderes que apensas sentem-se seguros em ordenar e aguardar o cumprimento das atividades por seus súditos.
Por meio da sabedoria estratégica, o bom líder consegue identificar oportunidades e assumir a responsabilidade que lhe é solicitada. É capaz de incentivar e despertar motivação e entusiasmo.
Na BKO, vivemos um grande momento, no qual os líderes preparam suas equipes para o crescimento. Sendo eficiente, o bom líder aloca as pessoas certas nos lugares certos, não escolhe e nem tem apego às tarefas. Não espera pelos outros, faz acontecer. Acima de tudo, é respeitado por sua autoridade moral e intelectual e não pela prepotência e política do medo.
Reconhecer e gerir riscos, além de ter um excelente relacionamento interpessoal, transforma a simples gestão de pessoas em uma tarefa lucrativa. Fora o foco em resultados finais, é importante observar e analisar como e por quem esse resultado foi alcançado, reconhecendo o responsável. O líder deve reconhecer, também, de que maneira é possível melhorar os processos que saem do segundo plano para se tornarem pontos chave na busca pelo sucesso.
Não basta liderar, é preciso integrar e treinar para, posteriormente, avaliar o quadro. Um líder, nos tempos modernos, necessita muito mais do que equipamentos eficientes. Ele precisa de pessoas competentes e dispostas. E, se tiver capacidade de gerir produtos, serviços e pessoas, com a mesma intensidade e determinação, alcançará os objetivos com mais tranqüilidade e menos desgaste.
Estamos no momento de crescer, mas com perenidade e pés no chão, e, principalmente com a cabeça de líder, independente da função que cada um ocupa. Exercer a liderança com sabedoria é indispensável para o crescimento do time.

*Fabio Luis Garbossa é diretor de Operações da BKO Construtora e Incorporadora de imóveis.

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